Fazer terapia com psicanalista é algo que levanta dúvidas em muitas mentes.
Já falamos aqui no blog sobre as diferenças entre fazer esse tratamento com psicólogo, psicanalista e psiquiatra.
De modo geral, todas as pessoas em algum momento da vida precisam consultar um médico, dentista, nutricionista, entre outros especialistas de saúde.
Logo, não há motivo para não procurar o atendimento de um profissional da saúde mental. Principalmente se sentimos que devemos procurar por uma terapia.
As dificuldades são inerentes à existência. Desafios profissionais, nos relacionamentos, problemas familiares e financeiros fazem parte da vida de todos em algum momento.
Nenhuma dessas barreiras é algo intransponível desde que busquemos auxílio.
Cuidar da saúde mental não tem relação com “ser louco”, mas sim, com aceitar a sua imperfeição e a importância que a ajuda do outro tem em nossa vida.
Diferença entre fazer uma terapia com psicanalista e conversar com um amigo
Antes de mais nada, é importante compreender as diferenças entre o desabafo com um amigo e a terapia com um profissional.
Uma conversa serve principalmente para tirar o peso de guardar tudo para si. Sentir que pode confiar em uma pessoa e ser compreendido traz alívio momentâneo.
No entanto, essa conversa não tem um fim terapêutico.
O profissional da área da saúde mental usa o relato do indivíduo como fonte de consciência de si próprio e auxilia a encontrar ferramentas e recursos, normalmente dentro de si próprio, para lidar com tais situações, superando e tirando aprendizados.
Além disso, a relação com um psicanalista é muito diferente do que com um amigo. Em uma amizade, a relação é de troca mútua e imediata, enquanto o psicanalista está comprometido com o seu tratamento, sua evolução e mudança em um longo prazo.
De acordo com o psicoterapeuta Jeffrey Sumber, “A terapia, no seu melhor sentido, é um processo de desdobramento de nossa sabedoria inerente que muitas vezes é aprisionada sob camadas de condicionamento, medo e reatividade”.
Casos em que é interessante procurar um psicanalista
Não existe regra ou obrigatoriedade, mas sim, uma boa aplicação desse tipo de terapia à vida da pessoa.
Alguns desses sentimentos podem fazer parte da vida de qualquer pessoa. A psicanálise pode contribuir muito para superá-los.
Sentir-se incompreendido
É comum perceber que, ao expor os sentimentos ou pontos de vista a outras pessoas, sucede-se uma situação de julgamento ou até alguma lição. Um profissional de psicanálise não deve julgar, mas sim, iniciar o processo terapêutico.
Desânimo no dia a dia
Quando parece que nada flui, falta interesse e desejo em prosseguir com os projetos, pode ser o momento de procurar um psicanalista. A apatia pode acometer qualquer um, porém, é preciso reagir diante dela para que não se agrave.
Procurar ajuda é um bom começo.
Nervosismo constante
Ficar alterado ou reagir de maneira desproporcional diante de situações do cotidiano é algo que merece sua atenção. A irritação diante de fatos mínimos não deve ser normalizada, mas sim, é preciso focar em soluções.
O papel do psicanalista
Através das sessões de psicanálise, espera-se que a pessoa perceba que é preciso adotar um novo ponto de vista diante de sua vida caso queira mudar os cenários.
Cada indivíduo é único e o psicanalista usa de seus conhecimentos para avaliar seus comportamentos e fazê-lo solucionar o que incomoda.
Ao adquirir mais consciência sobre si, o indivíduo ganha a oportunidade de manejar suas questões de forma mais habilidosa.
Espero ter ajudado a entender quando começar a fazer terapia com um psicanalista.